O direito coletivo dos índios durante o governo militar
Em uma das passagens do episódio O Poder e o Bang-Bang, dirigido por Gilberto Scarpa, está o depoimento de Márcio Santili, um dos consultores para o episódio que, ao lado de Beto Ricardo, comentam das forças ambientalistas e dos primeiros movimentos nacionais que formaram em oposição ao governo militar.
Muitas dessas entidades em oposição à ditadura se uniram aos grupos ambientalistas nos debates em torno do texto constitucional de 1988. Se esforço era no sentido de incluir no texto final, artigos que representassem a defesa das populações tradicionais com valorização da diversidade e do meio-ambiente, em meio a outras discussões, esse grupo teve papel decisivo na luta pelo reconhecimento dos direitos coletivos dos índios e no empenho em regularizar a demarcação de suas terras, opondo-se à ação destrutiva dos agentes econômicos.
E em um dos seus depoimentos, Márcio Santili fala das táticas de alianças e estratégias de propaganda dos ambientalistas. Principalmente de como, deixando de lado a divisão tradicional de esquerda e direita, se aliaram a figuras como o ex-coronel e ministro do regime militar Jarbas Passarinho. E no Caso dos índios, o trabalho foi vitorioso: 0,2% da população ficou com 13% do território.
E no documentário, o diretor Gilberto Scarpa sai às ruas e pergunta o que povo acha dos índios serem responsáveis por 13% do território nacional. E você, o que pensa sobre isso?
Tags: 1988, ambientalistas, Beto Ricardo, constitucional, direitos coletivos dos índios, Ditadura Militar, governo, índios, Marcio Santili
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